sábado, 11 de julho de 2009

Parte 2

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Em outro lugar da mesma cidade, mais especificamente numa periferia, uma garota, nos seus 17 anos voltava pra casa depois de um longo dia de trabalho para conseguir sustento para sua família. Viviam com ela dois irmãos pequenos, um com 7 e outro com 4 anos, e o pai que era doente e não podia trabalhar. Sua mãe morrera havia muito tempo, devido à pobreza, fome e frio em que se encontravam.

Ela era uma jovem boa, porém tinha muita raiva e ódio dentro de si, pois sempre imaginava o motivo de pessoas más terem sempre o que queriam, enquanto pessoas como sua mãe e seu pai que batalhavam a vida inteira pra no final apenas conseguirem, com muito sacrifício, um prato de comida.


Quando se aproximou de sua casa, pôde notar que apesar da hora já ser bem avançada, o movimento naquela área era muito alto. Ficou pensando o que poderia ser.

Se aproximando mais e mais a cada momento, pôde ouvir melhor a conversa das pessoas. Diziam que quem havia feito aquilo só poderia ser um monstro. Não entendeu direito e continuou andando, agora já meio preocupada. Foi andando e ouvindo “mas Deus é grande e logo o culpado se arrependerá e se entregará à polícia”. Ouvindo esse tipo de afirmação, foi ficando branca de medo, e só quando chegou em sua casa pôde notar que o tumulto partia de lá. Pessoas a barraram, impedindo que entrasse, até que sua identidade foi confirmada. Entrou em casa correndo, e foi logo procurar sua família, mas no lugar encontrou apenas sangue, policiais, e três sacos pretos.

Vendo aquilo, foi logo pensando o pior, que de fato fora confirmado. Abrindo o primeiro saco, viu o corpo do irmão mais velho, e vendo aquela imagem, do corpo ensanguentado, quase desmaiou. Caiu no chão com o corpo trêmulo, em estado de choque, sem coragem de abrir os outros sacos, e tentando digerir os fatos.

Agora as coisas que havia ouvido na rua começavam a fazer sentido. Ela não sabia quem ou porque teriam feito aquilo com sua família, só pensava em duas coisas: “Estaria eu também pra ser morta?” e “Seja quem foi que fez isso, vai se arrepender amargamente...”.

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